Nada mais triste é ver-se em mar aberto e não ter uma bóia.
Cair sem para-quedas,
sorrir em um enterro.
Caminhar sem sentir as pernas,
e ter a incerteza de outro dia nascer ás pressas.
Largar tudo por um dia e esquecer que lembrou de tudo.
Varrer da memória o imundo dia distante de nós.
Saciar -se de mel e lamber o mel sem saber de onde findou.
Caminhar sem sentido,
correndo perigo de nem lembrar de onde partiu.
Comer e dormir sem ter visito o amor sem ter feito o desejo que não nasceu.
Fazer de si mestre de doutrinas fúteis e facilmente se encontrar em local inesperado.
Esquecer o inesquecível,
morrer como se morre o imortal .
Carregar por dentro de ti um peso árduo como se fosse o mundo.
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